Por ser uma substância vendida livremente a qualquer pessoa maior de 18 anos e usada para fins recreativos, o álcool é amplamente consumido no Brasil. Uma pesquisa feita em 2016 aponta que 71% dos brasileiros ingerem essa substância e que o consumo médio é de 3 doses diárias.
Com essas estatísticas, não causa surpresa o quantitativo de pessoas que começam a ingerir álcool em doses maiores e perdem o controle, saindo da condição de meros usuários ocasionais e se tornando dependentes químicos. Perceber quando o uso do álcool se tornou uma doença não é tão fácil. Veja neste post 4 sinais de que isso pode estar ocorrendo.
Frequência e tolerância
No começo, você bebia só nos fins de semana e agora bebe quase todos os dias? Percebe que, para ter no organismo o mesmo efeito que o álcool causava antes precisa ingerir muito mais? Então fique de olho.
Quando a dependência se instala, o organismo demanda pelo álcool frequentemente e a tolerância – quantidade da substância que faz com que você sinta os efeitos dela – também aumenta, elevando assim o consumo.
Abstinência
Você percebe que está bebendo demais e até tenta, mas não consegue parar? Quando se propõe a não beber, se sente irritado, ansioso, com dor de cabeça, náusea e até tremedeira? Isso se chama crise de abstinência e acontece com dependentes não apenas de álcool, mas também de outras drogas. O seu organismo sente falta da substância e, como não a recebe, envia sinais cujo objetivo é tentar forçar você a consumi-la.
Problemas familiares
Quando a dependência se torna uma realidade, a família começa a ser afetada. A pessoa passa menos tempo com os entes queridos porque a bebida se torna a protagonista em sua vida. Problemas com dinheiro passam a ser mais frequentes porque o gasto para sustentar o vício aumenta e a pessoa muda, muitas vezes se tornando mais distante e até agressiva quando confrontada. Tudo isso costuma gerar discussões e perturbar a convivência em família.
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Vida estudantil e profissional
O dependente tem dificuldade de seguir sua vida normalmente porque as crises de abstinência causam dores de cabeça e dificuldades de concentração, tornando quase impossível manter-se sóbrio e estudando. Por outro lado, sob o efeito do álcool, ele não quer estudar. Assim, evasão escolar e/ou reprovação são certos. No trabalho, acontece o mesmo. Não é incomum que a pessoa vá trabalhar sob o efeito do álcool e cause transtornos e acidentes, o que costuma ocasionar a perda do emprego.
Se você se identificou com estes sinais, é hora de procurar ajuda, pois, neste caso, há algum tempo o consumo de álcool deixou de ser algo recreativo. É preciso um atendimento feito por equipe multiprofissional, uma estrutura que você só encontrará em uma clínica de recuperação.
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