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ToggleInfelizmente não é incomum que um dependente químico não perceba a gravidade da sua situação, passando a representar um risco não apenas para si, mas também para as pessoas que o cercam.
Nestes casos, os familiares ficam em uma situação muito difícil, pois sabem que algo precisa ser feito, mas agir sem o consentimento do ente querido torna tudo mais complicado.
Nesse momento, muitos sentimentos surgem, entre eles a insegurança por não ter certeza de estar fazendo a coisa certa e o medo de se arrepender de tomar uma atitude mais drástica, como internar alguém contra a vontade dele.
Sim, saiba que é possível internar um alcoólatra sem o seu consentimento. Quer entender como? Siga lendo!
Internação involuntária: o que é como funciona?
O procedimento de internar uma pessoa sem que ela realmente deseje isso se chama internação involuntária. Ela deve ser solicitada pela família na clínica de recuperação.
Geralmente estes espaços disponibilizam o serviço de remoção, cujo objetivo é buscar o dependente de álcool onde quer que ele esteja e conduzi-lo, da forma mais humanizada possível, à clínica. Isso costuma ser feito por uma equipe treinada e usando veículos descaracterizados.
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Uma vez que chegue à clínica, o paciente é avaliado por uma equipe multiprofissional que vai verificar se a internação é de fato necessária. Em caso positivo, o médico psiquiatra atesta isso em um laudo que, juntamente com outros documentos, é encaminhado ao Ministério Público.
É importante frisar que a família pode, a qualquer tempo, solicitar a alta do paciente.
Como funciona o tratamento?
É muito comum que nos primeiros dias o paciente não reaja bem ao tratamento, afinal, ele está internado contra a sua vontade.
A primeira etapa desse processo é a desintoxicação. Nela, a pessoa é acompanhada 24h por dia, 7 dias por semana, por uma equipe, pois infelizmente são frequentes as crises de abstinência. Algumas delas, inclusive, demandam intervenção especializada com medicação.
Depois que o paciente passa pela fase mais violenta da desintoxicação, ele inicia terapias individuais e em grupo. Esses momentos dão a ele a possibilidade de refletir sobre sua trajetória, percebendo o quanto o vício afetou sua vida, em especial, suas relações familiares.
É nesta etapa que ele geralmente muda de opinião, passando a ser grato aos entes queridos por terem lhe proporcionado a possibilidade de ter uma segunda chance, empenhando-se para corresponder às expectativas daqueles que ama.
Assim, ele seguirá com as atividades terapêuticas, trabalhando, inclusive, com protocolos de recaída para saber como evitar que elas aconteçam quando estiver de volta ao convívio em sociedade.
Na Clínica Vilela, trabalhamos com o objetivo de ajudar os pacientes e suas famílias a reconstruírem o laço que, devido ao consumo do álcool, se perdeu. Venha conversar com nossa equipe e conhecer de perto o nosso trabalho!